terça-feira, 20 de dezembro de 2011

O México de Zapata

Por Equipe do México

O México que conhecemos hoje evoluiu muito em relação à época negativa na administração de Porfírio Diaz, que governou em duas fases (1876-1880; 1884-1911), permitindo a entrada maciça de capital estrangeiro para explorar os recursos naturais. O porfirismo, como ficou conhecido o seu governo, tentava recusar o passado mexicano, querendo fazer com que a classe latifundiária assumisse as ideias que vinham da burguesia européia.

Para Porfírio, o México, um país latino, deveria seguir o modelo europeu. Diaz queria transformar os latifundiários em agroindústrias modernas de cana moldados ao estilo americanizado, com inúmeras máquinas, deixando o homem de lado e aumentando o desemprego no país.

O período em que Diaz comandou o México só chegou ao fim após o revolucionário Emiliano Zapata destituí-lo do poder. Zapata, que era descendente de índios e espanhóis acabou se tornando a principal figura política do país, iniciando a Revolução Mexicana.

A Revolução Mexicana (1910) nasceu do solo, da fome de terras, com um grito de libertação: “Tierra y liberdad”, já que naquele período, não tão distante, as terras limitavam-se nas mãos de poucas pessoas, assim como era em praticamente toda a América Latina. O objetivo da Revolução era resgatar as origens, o jeito de ser mexicano, tentando agregar as características indígenas. Foram os camponeses e Zapata que fizeram a revolução para recuperar terras que os latifundiários e os colonos tinham tomado posse.

Zapata se opôs a políticas de presidentes, por exemplo, Francisco Madero, Victorino Hiuerta e Venustiano Carranza. Já em 1911, Zapata lançou o plano de reforma agrária, chamado de Ayala, que se tornou um símbolo da luta por terras em toda a América Latina.

Zapata era um revolucionário nato, que incomodou muita gente. Ele acabou assassinado por um oficial do exército.  Por ironia do destino, Zapata morreu abraçado a terra, pelo que tanto lutara. Zapata faleceu, mas deixou legados, pois, em 1917 entrou em vigor uma nova Constituição, com amplas concessões aos trabalhadores urbanos. E acabou tendo também uma reforma agrária, vale ressaltar que não tão radicalizada quanta a que Zapata queria, mas foi a partir dessa fase revolucionária, de querer mostrar a todo o mundo que o México não é o primo pobre da história, que este país vem sendo a cada dia valorizado.

Se Zapata fosse vivo se orgulharia do seu México, que antes era considerado um caipira arcaico, avesso ao modernismo, que sempre viveu as sombras dos EUA, pois o México está sendo um líder na política climática nacional e internacional dentro do G20, e querendo ou não, acaba dando ordens em potências econômicas como: EUA e China.


Texto redigido pelo grupo México

Nenhum comentário:

Postar um comentário