segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Argentina - Uma breve interpretação da história de nosso país irmão


Originalmente a Argentina está estabelecida em parte do antigo Vice-Reino do Rio da Prata, maior dentre os vice-reinos da coroa espanhola em território americano. Partindo de uma região inicialmente desprezada, o vice-reino fora criado principalmente por razões de segurança, para tentar conter as potências mundiais que estavam interessadas na área; afinal o território era alvo da cobiça da Grã-Bretanha e, sobretudo, de Portugal.
Bandeira da República da Argentina
Devido a diversos problemas e disputas pela coroa que vinham ocorrendo na Espanha, juntamente com a chegada das idéias liberais na America Latina e com o desejo dos ricos burgueses, o Vice-Reio do Rio da Prata acompanhou os seus vizinhos sul-americanos e declarou independência. E mesmo com disputas internas, geradas principalmente pelas querelas entre os caudilhos, grandes fazendeiros de cada uma das províncias unidas que queriam benefícios individuais; a Argentina tornou-se uma nação independente em 1816.
Como detentores do poder, os caudilhos permaneceram na liderança política por bastante tempo; e foram eles quem moldaram Buenos Aires, a capital nacional que ganhou ares europeus afim de tornar-se o que denominam hoje como a Paris das Américas. Assim como, o Brasil a Argentina também recebeu milhares de imigrantes a partir do século XIX; porém o que faz da sua população menos miscigenada do que a brasileira é o fato de que a escravidão negreira quase não existiu na região do Rio da Prata.
Avenida 9 de Maio - Centro Financeiro de Buenos Aires
Partindo para o século XX, pode-se apontar Perón como o ultimo governante da Argentina, antes do golpe militar que instaurou a repressão sobre setores específicos da sociedade, especialmente os elementos politicamente mais ativos, como jornalistas e sindicalistas. Entre a maioria dos vizinhos sul-americanos esses acontecimentos individuais, como a ditadura coincidem na historia de cada um. Comprova-se, então, a forte ligação social e histórica que existe entre os países latino-americanos, e que os torna um agrupamento histórico e um conjunto político-social.

Após 34 anos de ditadura, em 1989 são realizadas novas eleições democráticas; que vislumbravam salvar o país da crise econômico na qual estava mergulhado; porém a retomada da estabilidade só veio em meados de 2002. E em 2003 Nestor Kirchner, um peronista convicto foi eleito presidente argentino; ele iniciou políticas publicas de intervenção do Estado em setores conturbados da economia, que perduram hoje no governo de sua esposa e sucessora a presidência Cristina Kirchner, primeira mulher a ser eleita presidente na América Latina pelo voto direto, e que acaba de se re-eleger.

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