Nenhuma grande cidade da América do Sul guardou tantos laços com a
Europa quanto Buenos Aires. Tendo chegado a se tornar, no início do
século XX, a capital cultural do mundo hispanoablante, a capital
argentina recebeu sucessivas levas de imigrantes europeus - espanhóis e
italianos, na maioria - que mantiveram viva a ligação com o velho mundo,
ainda visível na arquitetura da cidade, na sua cultura dos cafés,
espalhados por toda cidade, na comida e até no modo de se vestir. Ainda
assim, Buenos Aires, a capital mundial do tango e da boa carne, é a
cabeça e o coração da Argentina e tem seu sabor próprio. Hoje em dia,
mesmo após as dificuldades econômicas pelas quais o país passou, a
cidade continua viva, bela e elegante.
Sobre suas semelhanças com as capitais europeias, pode-se destacar a arquitetura da cidade, que é composta por uma grade homogênea de quarteirões e lotes portenhos, onde foram
depositadas como capas as mais variadas e exóticas arquiteturas,
alternando as construções como os povoadores e as marcas dos diversos
grupos de imigrantes. Algo da arquitetura colonial, os mais variados
historicismos, modernismos, arquitetura do movimento moderno (em
especial, e boa arquitetura, uma coleção imperdível de edifícios
racionalistas) e boa arquitetura contemporânea se alternam gerando os
mais curiosos contrastes.
A Paris na América Latina, assim Buenos Aires foi apelidada; aos passear em suas ruas, percorrendo os diversos bairros, as fachadas das constuções ecantam os olhos de quem admira a boa arquitetura e que valoriza os traçoes culturais do passado que sobreviveram na arte dos ares argentinos.
As cores do bairro San Telmo |
Prédio público o centro de Buenos Aires |
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