quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012
Música que resume a América Latina...
Venezuela: lei de preços justos entra em vigor em 1° de março
A partir de 1° de março, a Venezuela vai ter uma nova estrutura de preços alimentares, de higiene pessoal e de limpeza. As autoridades venezuelanas vão publicar uma lista com 19 produtos de higiene e limpeza com preços justos. Muitos produtos são vendidos na Venezuela por preços muito mais altos que outros países da região latino-americana. O consumidor espera com ansiedade a nova lei.
(Klébia Muricy, equipe Venezuela)
terça-feira, 28 de fevereiro de 2012
Carnaval de Ouro na Bolívia
O carnaval de Oruro se origina nas ancestrais invocações andinas à Pachamama (Mãe
Terra), ao Tio Supay (Diabo) dos lugares mineiros e à Virgem da Candelária. Sua
funda espiritualidade e magnetismo foi o fruto de uma evolução no tempo.
A
história do Carnaval de Oruro começa com a aparição da imagem da Virgem da
Candelária em 1789, e sua revelação posterior numa gruta do cerro "Pié de
Galo". Conta a lenda que em um buraco abandonado na mina desse cerro,
vivia um ladrão chamado Anselmo Selarmino (o Nina Nina ou Chiru Chiru) que
roubava para repartir entre os pobres. Numa de suas correrias noturnas foi
mortalmente ferido por um obreiro de quem pretendeu roubar o único tesouro que
tinha.
Em
sua agonia foi transladado por uma virginal mulher do povo até sua morada. No
dia seguinte foi enorme a surpresa dos mineiros da zona que ao acharem o
cadáver, encontraram uma bela imagem da Virgem da Candelária custodiando a
cabeceira da pobre cama do ladrão.
Diante
da descoberta da virgem resolvem rezar para ela durante três dias ao ano desde
o sábado do carnaval, usando disfarces a semelhança do diabo ao ritmo de uma
cativante música. Desde então realizam a Entrada de Carregamentos e Ceras, com
ornamentos regionais, presentes de prata para a Patrona, viandas e bebidas.
No
período de 1900 a 1940, surgem as primeiras Comparsas ou Fraternidades devotas
da Virgem como tropas de Diabos, Morenos e Tobas para desfilar até a antiga
Capela do Buraco extasiados de Chicha e Álcool. Durante estes anos ainda não
participavam meninos nem mulheres.
Entre
1940 a 1980, reavivando preconceitos, empregados do comércio, dos bancos,
mestres e até um militar se uniram ao Carnaval e marcaram inovações aos futuros
rumos da original entrada. Em 1970, o governo declarou a Oruro Capital do
Folclore Boliviano, acrescentando a corrente turística.
Começam
a surgir outros conjuntos e com a chegada da juventude e da mulher no Carnaval,
este começa a se massificar. Na década dos 80 até os dias de hoje, se vive um
período de esplendor com a espetacular apresentação da mulher, o despregue de
trajes e o esbanje da beleza juvenil.
Fonte: www.ciberamerica.org
Próximo presidente do México deve romper com a
política de Calderón
"É urgente que o próximo presidente seja muito mais inteligente e eficiente que Calderón na aplicação de suas políticas contra a violência e o narcotráfico" |
Imagine que o próximo presidente do
México, depois das eleições, em seu discurso de vitória no primeiro domingo de
julho, à noite, dissesse o seguinte em frente ao monumento do Anjo da
Independência: “Eu prometo que nos próximos seis anos teremos pelo menos mais
50 mil mortos e a violência do narcotráfico continuará fora de controle. Graças
ao seu voto.”
Absurdo? Sem dúvida. Nenhum candidato
quer repetir o pior do presidente que está saindo. A primeira coisa que o
próximo presidente do México precisa fazer é, precisamente, não ser outro
Felipe Calderón.
Não, não estou propondo negociar com
os traficantes. Claro que não. Tampouco questiono a coragem ou a moral de
Calderón ao enfrentar os carteis de drogas. O atual presidente do México está
certo ao lutar contra o narcotráfico e a violência. Mas seus resultados são
espantosos. A execução dessa política é terrível. Está reprovado.
É urgente que o próximo presidente
seja muito mais inteligente e eficiente que Calderón na aplicação de suas
políticas contra a violência e o narcotráfico. A inteligência mata a teimosia.
As boas intenções não bastam.
Os números dizem quase tudo. O
próprio governo de Calderón admite que 47.515 vidas foram perdidas desde que
lançou sua ofensiva dirigida pelos militares em 2006 (incluindo o número
impressionante de 12.903 vidas perdidas somente nos primeiros nove meses de
2011). Mas, segundo informações do The New York Times, esses números talvez
careçam de exatidão. A agência mexicana do censo reportou 67.500 homicídios no
México somente entre 2007 e 2010, embora seja muito difícil determinar quantos
estão relacionados com a violência do narcotráfico, segundo o Times. Qualquer
um que veja esses números deve necessariamente chegar à conclusão de que a
ofensiva foi um fracasso total.
O governo de Calderón insiste que a
maioria dos mortos são criminosos. Mas não tem nada para sustentar seu
argumento e seus informes não são confiáveis. As dezenas de pessoas mortas num
cassino de Monterrey em agosto passado, quando assassinos armados irromperam no
local e o incendiaram, não eram criminosos. As pessoas inocentes assassinadas
em Acapulco, Guadalajara, Veracruz e Cidade do México – cidades que, até há
pouco tempo, eram relativamente pacíficas – não eram criminosos.
O problema é que a execução das
estratégias e políticas de Calderón foi desastrosa. O próximo presidente deve
reconhecer que as ideias de Calderón, por nobres que sejam, não ajudaram a
reduzir o domínio da violência que sufoca o México.
A principal fraqueza dos três
candidatos do Partido da Ação Nacional à presidência – Josefina Vázquez Mota,
Santiago Creel e Ernesto Cordero – é sua incapacidade de romper com Calderón.
Não se atrevem. Têm medo da ira presidencial e das represálias dentro do
partido. Mas se não o fizerem, um deles ganhará a candidatura presidencial do
Partido da Ação Nacional e perderá a eleição geral. Os mexicanos não querem
outro Calderón na presidência.
Também me surpreende que os
candidatos da oposição – Enrique Peña Nieto do Partido Revoluciário
Institucional e Andrés Manuel López Obrador do Partido da Revolução Democrática
– suavizaram suas críticas às falidas políticas de Calderón contra o
narcotráfico e não propuseram nada diametralmente oposto.
Isso é uma infelicidade. Os dados
mostram que a violência no México está aumentando e que os carteis de drogas
controlam cada vez mais territórios. Cada vez que prendem um chefe importante,
aparecem mais dois ou três. Por quê? Porque os Estados Unidos, o maior mercado
dos carteis, continuam comprando e consumindo seus produtos, e nada indica que
isso vá mudar.
Além de não corrigir seu rumo, o que
incomoda no estilo pessoal de governar de Calderón é que ele não foi claro nem
direto sobre seus planos logo que chegou à presidência. “Serei o presidente do
emprego”, disse-me numa entrevista como candidato em maio de 2006. Bom, não foi
o presidente do emprego e, em vez disso, transformou-se no presidente dos
mortos. Como candidato prometeu ser “um presidente com uma mão firme”, mas
nunca explicou o que queria dizer com “uma mão firme”. Nunca disse que
colocaria o exército nas ruas nem que lutaria contra os traficantes com uma
polícia corrupta e inepta.
Por isso, não devemos cometer o mesmo
erro duas vezes. Como jornalistas e como eleitores devemos exigir aos
candidatos que expliquem, claramente, qual será seu plano de governo. E isso
implica que digam, desde já, que vão romper com Calderón.
Não podemos nos dar o luxo de ter
outro presidente de 50 mil ou 60 mil mortos. O pior que pode acontecer no
México é que os próximos seis anos sejam de mais do mesmo.
Tradutor: Eloise De
Vylder
Octavio
Paz, um poeta mexicano
A literatura
mexicana em língua espanhola data do século XVI e essas obras geralmente se referem à temas de tradição oral dos grupos indígenas do país. Entre
os grandes poetas mexicanos, cabe destaque o nome de Octavio Paz que recebeu o Nobel de Literatura em 1990.
Octavio
Paz nasceu na Cidade do México em 1914. Cursou estudos de direito na
Universidade Nacional autônoma do México e estudos especializados de
literatura, no México, Estados Unidos, Paris e Japão.
Fez
parte da geração de Taller, um dos movimentos literários mais importantes do
México. Em 1945 ingressou no serviço de diplomacia mexicano. Residiu em Paris,
participando do movimento surrealista, e logo depois no Japão e na Índia.
Renunciou em 1968, em sinal de protesto ao massacre da Praça das Três Culturas
(Tlateloco), quando o governo mexicano reprimiu à bala uma manifestação estudantil
durante os jogos Olímpicos.
Era um
homem polêmico e, sobre tudo, o centro de sua obra é ocupado por um gênero nada
popular, a poesia. Ainda assim seu peso era sem rival, primeiro em seu próprio
país, o México, onde desfrutava vitaliciamente de uma virtual presidência
paralela, tamanha era sua influência, e em seguida, no resto do mundo.
Foi
influenciado de início pelo renascimento da poesia hispânica que, conhecido
como "modernismo", principia com Ruben Darío e culmina da Geração de
27, cujo nome mais famoso é o de Garcia Lorca. Paralelamente ele se deixou
contagiar pelo surrealismo francês. Militante de esquerda naquele tempo, tomou
parte na Guerra Civil espanhola e, de volta ao seu país, conviveu com poetas
espanhóis, como Luis Cernuda, que lá buscaram refúgio após a derracada da
república. Em torno de sua obra encontram-se também influências diversas como
do Marxismo, Surrealismo, Existencialismo, Budismo, Hinduismo e do Modernismo
franco e anglo americano
Publicou
mais de 20 livros de poesia e inumeráveis ensaios de literatura, arte, cultura
e política, desde "Luna Silvestre", seu primeiro livro, de 1933. Foi
um dos intelectuais mais importantes do México e um dos maiores poetas do
mundo. Juntamente com Pablo Neruda e o extraordinário César Vallejo, é um dos
grandes poetas latino-americanos cuja obra teve um forte impacto internacional.
Muitos
de seus poemas são baseados em pinturas de Joan Miro, Marcel Duchamp, Antonio
Tapies, Robert Rauschenberg e Roberto Matta. Sua escrita, frequentemente, lida
com oposições, paixão e razão, sociedade e indivíduo, trabalho e sentido. Como
ele mesmo disse: "A imagem poética é o encontro de realidades opostas". Morreu
na Cidade do México, em Abril de 1998.
Venezuela - Primeiro país a libertar-se do domínio espanhol
Por Érica Turci
O precursor da independência da América espanhola foi Francisco de Miranda, militar de Caracas. Profundamente influenciado pelos ideais liberais, serviu no Exército Real Espanhol e lutou na Guerra de Independência dos EUA. Depois da guerra, viveu alguns anos nos Estados Unidos. Foi amigo de Thomas Jefferson e, segundo algumas fontes, teria sido iniciado na maçonaria por George Washington.
No final do século XVIII, Miranda viajou por várias cortes europeias, buscando apoio a causa de independência da América. Participou de batalhas na Revolução Francesa entre 1791 e 1792, e chegou a conhecer pessoalmente Napoleão Bonaparte, que teria dito sobre ele: "Esse homem carrega uma chama sagrada na alma".
Em 1797 fundou em Londres (com representações em Madri, Cadiz e Paris) um grupo chamado de Logia Gran Reunión Americana, seguindo o modelo maçônico, com o objetivo de preparar as lutas pela independência da América espanhola. Dessa loja, sede inglesa, participaram Simón Bolívar, Bernardo O`Higgins e José de San Martín, que se tornariam líderes dos movimentos de independência americana.
No final do século XVIII, Miranda viajou por várias cortes europeias, buscando apoio a causa de independência da América. Participou de batalhas na Revolução Francesa entre 1791 e 1792, e chegou a conhecer pessoalmente Napoleão Bonaparte, que teria dito sobre ele: "Esse homem carrega uma chama sagrada na alma".
Em 1797 fundou em Londres (com representações em Madri, Cadiz e Paris) um grupo chamado de Logia Gran Reunión Americana, seguindo o modelo maçônico, com o objetivo de preparar as lutas pela independência da América espanhola. Dessa loja, sede inglesa, participaram Simón Bolívar, Bernardo O`Higgins e José de San Martín, que se tornariam líderes dos movimentos de independência americana.
Grande Colômbia
Francisco de Miranda concebia a formação de um grande império latino-americano, que compreenderia desde o sul dos Estados Unidos até a Argentina, e teria o nome de Colômbia, em homenagem a Cristóvão Colombo. Enfim, em 1806, partindo dos Estados Unidos e contando com o apoio britânico, desembarcou em Coro, porto da Venezuela, pronto para pôr seus planos em ação. Nesse episódio, vale lembrar, a bandeira da atual Venezuela era o estandarte dos revolucionários.
Contudo, nesse momento, a elite criolla da Venezuela ainda não desejava a independência nem via com bons olhos o apoio estrangeiro à causa de Miranda, pois temia uma simples mudança de metrópole (da Espanha para a Inglaterra). Assim o líder revolucionário não conseguiu apoio e teve que fugir dez dias depois de seu desembarque.
Contudo, nesse momento, a elite criolla da Venezuela ainda não desejava a independência nem via com bons olhos o apoio estrangeiro à causa de Miranda, pois temia uma simples mudança de metrópole (da Espanha para a Inglaterra). Assim o líder revolucionário não conseguiu apoio e teve que fugir dez dias depois de seu desembarque.
Inicio da luta pela independência
Em 1808, quando Napoleão Bonaparte aprisionou o rei espanhol Fernando VII e impôs seu irmão, José Bonaparte, como rei da Espanha, a elite criolla venezuelana vislumbrou a possibilidade da formação de um cabildo abierto em Caracas, ou seja, um cabildo com a livre participação de criollos.
Essa era uma questão política que afligia os criollos há muito tempo, pois só os espanhóis de nascimento - os chapetones -, mandados para a América pela coroa espanhola, tinham plenos direitos políticos nas colônias. A crise espanhola abriu uma brecha no sistema de dominação metropolitana, e os criollos queriam se aproveitar dela para poder assumir o controle local.
Dessa forma se instaurou na Capitania Geral da Venezuela um conflito: de um lado, os espanhóis e os comerciantes, chamados de realistas, ligados diretamente ao mercado espanhol, que defendiam a submissão de Caracas às Cortes Espanholas; do outro lado, os criollos, chamados de patriotas, que queriam a autonomia da capitania.
Um ano antes, em 1807, Simón Bolívar, um militar criollo venezuelano, tinha retornado a Caracas. Na Europa frequentara reuniões liberais, algumas delas em companhia de Francisco de Miranda. Bolívar era um grande defensor da independência americana e, nesse processo, passou a ser um dos líderes dos patriotas.
Em janeiro de 1809, um novo governador chegou à Capitania da Venezuela, Vicente Emparan. Como era muito difícil a comunicação entre a Espanha e a América, os venezuelanos não sabiam ao certo se Emparan era um representante das Juntas Espanholas (a favor de Fernando VII) ou um político afrancesado (nome dado aos que defendiam a dominação francesa sobre a Espanha).
Nessa situação, em 19 de abril de 1810, os criollos de Caracas decretaram a formação de uma Junta Governativa, obrigando Emparan a renunciar ao governo da Capitania e expulsando todos os espanhóis da administração e do território venezuelano.
Essa era uma questão política que afligia os criollos há muito tempo, pois só os espanhóis de nascimento - os chapetones -, mandados para a América pela coroa espanhola, tinham plenos direitos políticos nas colônias. A crise espanhola abriu uma brecha no sistema de dominação metropolitana, e os criollos queriam se aproveitar dela para poder assumir o controle local.
Dessa forma se instaurou na Capitania Geral da Venezuela um conflito: de um lado, os espanhóis e os comerciantes, chamados de realistas, ligados diretamente ao mercado espanhol, que defendiam a submissão de Caracas às Cortes Espanholas; do outro lado, os criollos, chamados de patriotas, que queriam a autonomia da capitania.
Um ano antes, em 1807, Simón Bolívar, um militar criollo venezuelano, tinha retornado a Caracas. Na Europa frequentara reuniões liberais, algumas delas em companhia de Francisco de Miranda. Bolívar era um grande defensor da independência americana e, nesse processo, passou a ser um dos líderes dos patriotas.
Em janeiro de 1809, um novo governador chegou à Capitania da Venezuela, Vicente Emparan. Como era muito difícil a comunicação entre a Espanha e a América, os venezuelanos não sabiam ao certo se Emparan era um representante das Juntas Espanholas (a favor de Fernando VII) ou um político afrancesado (nome dado aos que defendiam a dominação francesa sobre a Espanha).
Nessa situação, em 19 de abril de 1810, os criollos de Caracas decretaram a formação de uma Junta Governativa, obrigando Emparan a renunciar ao governo da Capitania e expulsando todos os espanhóis da administração e do território venezuelano.
El Libertador
Num primeiro momento a Junta Governativa de Caracas se declarou fiel a Fernando VII, mas quando as Cortes Espanholas tentaram bloquear os portos venezuelanos, o novo governo passou a lutar pela independência. Em julho de 1811 a Junta Governativa de Caracas decretou seu Ato de Independência, liderada por Cristóbal Mendonza. Bolívar convocou Francisco de Miranda para assumir o exército venezuelano, e Miranda acabou sendo aclamado ditador da Venezuela.
A reação espanhola foi violenta e Miranda, a fim de evitar um banho de sangue, assinou a rendição, em julho de 1812.
Os patriotas venezuelanos viram Miranda como traidor (inclusive Bolívar), e por isso o prenderam e o entregaram aos espanhóis. Por alguns meses a Coroa Espanhola retomou o controle da Capitania Geral da Venezuela. Mas em 1813, Bolívar que tinha se exilado na Colômbia invadiu o território e tomou Caracas. Tornou-se, então, presidente, aclamado como "El libertador
A reação espanhola foi violenta e Miranda, a fim de evitar um banho de sangue, assinou a rendição, em julho de 1812.
Os patriotas venezuelanos viram Miranda como traidor (inclusive Bolívar), e por isso o prenderam e o entregaram aos espanhóis. Por alguns meses a Coroa Espanhola retomou o controle da Capitania Geral da Venezuela. Mas em 1813, Bolívar que tinha se exilado na Colômbia invadiu o território e tomou Caracas. Tornou-se, então, presidente, aclamado como "El libertador
Disponível em : http://educacao.uol.com.br/historia/independencia-da-venezuela.jhtm Acessado em : 28/02/2012
(Por Gilka Oliveira, equipe Venezuela)
ONU destaca avanço da Venezuela no alcance das Metas do Milênio
O representante residente do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), o argentino Alfredo Missair, destacou o avanço que a Venezuela registrou no cumprimento das Metas do Milênio, dirigidas para desenvolver uma maior igualdade e inclusão social para a população.
Entre os objetivos acordados estão a erradicação da pobreza extrema (aspecto no qual Venezuela reduziu, em 10 anos, de 22% para 7%); a promoção da igualdade de gênero e da autonomia da mulher; a universalização da educação básica; redução da mortalidade infantil e materna; combate ao HIV/AIDS, malária e outras doenças endêmicas; assegurar a sustentabilidade ambiental e a promoção da associação mundial para o desenvolvimento.
O anúncio foi feito durante coletiva de imprensa, no último dia 23, que abordou os dados preliminares do 14º Censo Nacional de População e Moradias, realizado em conjunto com as autoridades do Instituto Nacional de Estatística (INE). Missair destacou o avanço representado pela incorporação de inovações tecnológicas – como dispositivos de captura móveis–, que permitiram acelerar a entrega de resultados e sua otimização.
Fonte: Agencia Venezuelana de Noticias (AVN)
Disponível em: http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=176565&id_secao=7 Acesso em : 28/02/2012
A festa dos Mortos no México
No dia 2 de novembro os mexicanos celebram a festa de
origem indígena em honra aos defuntos, trata-se do Dia dos Mortos. A celebração
começa um dia antes, em 1 de novembro, e ao contrário do que se possa imaginar
a data é comemorada com alegria, festividade e cores.
O Dia dos Mortos é o feriado mais importante do calendário
mexicano podendo ser comparado com o Carnaval do Brasil. Essa manifestação
popular é resultado do sincretismo entre elementos do catolicismo com rituais
típicos de povos que habitavam o México muito antes da chegada dos espanhóis.
A festividade celebra a vida dos ancestrais, desse modo
nesse dia ninguém deve ficar triste. Todos precisam estar alegres e animados, pois
segundo a crença popular durante a festa os mortos têm permissão divina para
visitar parentes e amigos. Desse modo, os mexicanos costumam enfeitar suas casas
com flores, velas e incensos, preparam comidas, e escutam as músicas
preferidas dos mortos.
A morte é representada com humor pelos mexicanos, que
transformam todos os símbolos tradicionalmente associados com ela, em motivo de
riso e diversão. No entanto, a alegria e irreverência, não tiram o caráter
religioso dos chamados, “Días de los Muertos”.
É uma festa bastante peculiar e totalmente diferente da
homenagem prestada aos mortos no dia de Finados aqui no Brasil, por exemplo,
onde o dia é mais de oração e reflexão e muitas vezes motivo de tristeza.
No México as pessoas decoram as casas com altares com as
bebidas e comidas favoritas dos mortos. Fazem bonecos de açúcar, pães e outras
guloseimas acreditando que os mortos absorvam seu aroma e essência, embora quem
coma realmente a comida sejam os vivos.
Os mexicanos fazem máscaras de caveira, vestem roupas com
esqueletos pintados e se fantasiam de morte, fazendo a alegria das crianças
durante esses dias. E é assim, brincando e rindo, que os mexicanos encontraram
a melhor fórmula para enfrentar o fenômeno que é inseparável da vida, a morte.
Você conhece o Rúgbi?
O Rúgbi é um esporte coletivo originário da Inglaterra de intenso contato físico; e por ter sido inicialmente concebido como uma variação do futebol, foi chamado anteriormente de futebol-rúgbi. Dizem as lendas que ele surgiu a partir de uma jogada irregular do futebol, na qual um jogador do colégio (situado na cidade inglesa com o mesmo nome, em Warwickshire), de nome William Webb Ellis teria pegado a bola do jogo com as mãos e seguido com ela até a linha de fundo adversária, em 1823. Contudo, sabe-se que várias formas de jogo com bola existiram pela Europa no século XIX, e que tanto o Rúgbi Football (o rugby atual que atualmente é controlado pela IRB) quanto o Football Association (o futebol atual que agora é controlado pela FIFA) tiveram caminhos correlatos, sendo, portanto, dissidências de uma mesma forma de jogar futebol.
Dentre as várias seleções de rugby latino-americanas a seleção
Argentina, apelidada de Los Pumas, é atualmente o melhor time, segundo o
ranking mundial, atualmente ela ocupa a terceira posição no ranking mundial pela IRB. E
uma curiosidade é que os Pumas ganharam todos os campeonatos
Pan americanos e Sul-Americanos disputados desde o início da competição
Atuação da seleção Argentina na copa em 2007 |
.
segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012
A Paris da América Latina
Nenhuma grande cidade da América do Sul guardou tantos laços com a
Europa quanto Buenos Aires. Tendo chegado a se tornar, no início do
século XX, a capital cultural do mundo hispanoablante, a capital
argentina recebeu sucessivas levas de imigrantes europeus - espanhóis e
italianos, na maioria - que mantiveram viva a ligação com o velho mundo,
ainda visível na arquitetura da cidade, na sua cultura dos cafés,
espalhados por toda cidade, na comida e até no modo de se vestir. Ainda
assim, Buenos Aires, a capital mundial do tango e da boa carne, é a
cabeça e o coração da Argentina e tem seu sabor próprio. Hoje em dia,
mesmo após as dificuldades econômicas pelas quais o país passou, a
cidade continua viva, bela e elegante.
Sobre suas semelhanças com as capitais europeias, pode-se destacar a arquitetura da cidade, que é composta por uma grade homogênea de quarteirões e lotes portenhos, onde foram
depositadas como capas as mais variadas e exóticas arquiteturas,
alternando as construções como os povoadores e as marcas dos diversos
grupos de imigrantes. Algo da arquitetura colonial, os mais variados
historicismos, modernismos, arquitetura do movimento moderno (em
especial, e boa arquitetura, uma coleção imperdível de edifícios
racionalistas) e boa arquitetura contemporânea se alternam gerando os
mais curiosos contrastes.
A Paris na América Latina, assim Buenos Aires foi apelidada; aos passear em suas ruas, percorrendo os diversos bairros, as fachadas das constuções ecantam os olhos de quem admira a boa arquitetura e que valoriza os traçoes culturais do passado que sobreviveram na arte dos ares argentinos.
As cores do bairro San Telmo |
Prédio público o centro de Buenos Aires |
"Um romance sangüíneo como o bebop"
Um livro perigoso, que cativa pela insubordinação, pela valorização do
comportamento desregrado, esse mesmo que parece já não caber mais em
nossa sociedade contemporânea; é assim que os criticos literarios do mundo descrevem Rayuela ou O Jogo da Amarelinha, titulo da edição brasileira. Muito já se escreveu sobre este livro e sobre o seu autor, o escritor argentino Julio Cortázar. O livro foi sucesso
imediato de público e de crítica ao ser lançado, em 1963, e a qualidade
mais destacada pelos comentaristas é sempre a multiplicidade de leituras
que o texto é capaz de proporcionar.
Ele é uma obra aberta, um romance que pode ser desmontado pelo leitor, e que dá a liberdade poucas vezes concedida a alguém de refazer a seqüência de seus capítulos.
E para sentir o gosto das sedutoras palavras de Cortázar, leia o trecho abaixo e instigue-se nessa aluciante descrição do ato de sedução entre dois corpos.
Tradução:
Ele é uma obra aberta, um romance que pode ser desmontado pelo leitor, e que dá a liberdade poucas vezes concedida a alguém de refazer a seqüência de seus capítulos.
E para sentir o gosto das sedutoras palavras de Cortázar, leia o trecho abaixo e instigue-se nessa aluciante descrição do ato de sedução entre dois corpos.
"Toco tus labios con un toque de un dedo el contorno de su boca, deseo señalar a su boca como si saliera de mi mano como si fuera la primera vez que su boca es y sólo entreabrisse me cierro los ojos para deshacerlo todo y empezar de nuevo. Yo nací, a la vez, quiero tu boca, tu boca, mi mano y yo elegimos para dibujar la cara, una boca de todos los elegidos, con soberana libertad elegida por mí para dibujarla con mi mano en su cara y que, por una oportunidad, no busco comprender coincide exactamente con tu boca que sonríe por debajo de la que mi mano desenha.Tu me miras, me miras de cerca, más de cerca y entonces jugamos al cíclope, cuando veremos en cerca y nuestros ojos se agrandan, se acerca, se superponen y están buscando cíclope, la respiración indistinto, sus bocas son y luchar débilmente, mordiéndose los labios, un poco de apoyo del silbato , jugando en sus cuevas, donde un aire pesado va y viene con un perfume viejo y un gran silencio. Entonces mis manos buscan ahogar en tu pelo, acariciar lentamente la profundidad de tu pelo mientras nos besamos como si tuviéramos la boca llena de flores o de peces, fragancia animada, de oscuro. Y si nos mordemos el dolor es dulce, y si nos ahogamos en un breve y terrible al mismo tiempo absorber el aliento, esa instantánea muerte es bella. Y ya que sólo hay una sola saliva y un solo sabor a fruta madura, y yo te siento temblar contra mí como una luna en el agua."
Tradução:
Toco a tua boca, com um dedo toco o contorno da tua boca, vou desenhando essa boca como se estivesse saindo da minha mão, como se pela primeira vez a tua boca se entreabrisse e basta-me fechar os olhos para desfazer tudo e recomeçar. Faço nascer, de cada vez, a boca que desejo, a boca que a minha mão escolheu e te desenha no rosto, uma boca eleita entre todas, com soberana liberdade eleita por mim para desenhá-la com minha mão em teu rosto e que por um acaso, que não procuro compreender, coincide exatamente com a tua boca que sorri debaixo daquela que a minha mão te desenha.Tu me olhas, de perto tu me olhas, cada vez mais de perto e, então, brincamos de cíclope, olhamo-nos cada vez mais perto e nossos olhos se tornam maiores, aproximam-se, sobrepõem-se e os cíclopes se olham, respirando indistintas, as bocas encontram-se e lutam debilmente, mordendo-se com os lábios, apoiando ligeiramente a língua nos dentes, brincando nas suas cavernas, onde um ar pesado vai e vem com um perfume antigo e um grande silêncio. Então, as minhas mãos procuram afogar-se nos teus cabelos, acariciar lentamente a profundidade do teu cabelo enquanto nos beijamos como se tivéssemos a boca cheia de flores ou de peixes, de movimentos vivos, de fragância obscura. E, se nos mordemos, a dor é doce; e, se nos afogamos num breve e terrível absorver simultâneo de fôlego, essa instantânea morte é bela. E já existe uma só saliva e um só sabor de fruta madura, e eu te sinto tremular contra mim, como uma lua na água.
Dilma não foi a primeira
Desde a eleição, no anos de 2010. de Dilma Rousseff para o cargo de presidente da republica brasileira; muito se comenta sobre a atuação das mulheres o campo politico latino-americano. Dentre todos os continentes, sejam eles subdivididos de modo geográfico ou culturalmente, foi a América Latina que a partir da instituição de suas republicas quem mais elegeu mulheres para ocupar cargos políticos de destaque os cenários nacionais.
E mesmo Dilma atualmente ocupando um papel de destaque cabe ressaltar que ela não foi a primeira, e sequer o Brasil foi o primeiro dos países latinos na América a eleger uma presidente mulher. No quesito de inovação e mudanças o campo politico, nossos irmão argentinos derrotam-nos; pois foram eles que em meados de 1974 elegeu María Estela Martínez de Perón como a primeira chefe de estado mulher na América Latina.
De bailarina à presidente; María Estela mais conhecida como “Isabelita” Perón era vice na chapa de seu marido , mas com a morte de Juan Domingo Perón,
eleito presidente; ela então assumiu e governou o país por dois anos até deixar o poder em 24 de março de
1976, quando foi deposta pela junta militar encabeçada por Jorge Rafael Videla, que deu origem ao chamado Proceso de Reorganización Nacional.
Mais de 30 anos depois, em 2007 Cristina Kirchner, esposa do ex-presidente Nestor Kirchner elege-se Chefe de estado da República da Argentina, e em 2011 ganha nas urnas eleitorais o direito genuino de exercer a presidencia por mais quatro anos.
É no instante que elegemos a primeira presidente mulher, e que olhamos para bem próximo, logo alí depois das Cataratas do Iguaçú na Argetina; que percebemos que ao passo que as mulheres brasileiras demoraram anos para eleger uma companheira, do nosso lado as mulheres argentinas demonstraram força ao apoiar em plena década de 70 a sua representante a casa rosada.
Você sabia:
25 curiosidades sobre a Argentina.
- O nome Argentina vem do latim argentum, que significa prata.
- Em área territorial, a Argentina é o oitavo maior país do mundo, o quarto das Américas e o segundo da América do Sul.
- A Argentina foi descoberta em 1502 pela frota do espanhol Américo Vespúcio, o mesmo que batizou o continente americano.
- A Argentina possui a segunda maior população judia das Américas, atrás apenas dos Estados Unidos.
- O herói da independência argentina é José de San Martín. Detalhe: San Martín também participou da independência do Peru e do Chile.
- O sol na bandeira argentina representa o Sol de Maio (Sol de Mayo) e faz referência à Revolução de Maio de 1810, quando começou o processo de emancipação da Espanha.
- Antes de se tornar independente da Espanha, a Argentina integrava o Vice-Reino da Prata, vice-reinado que também era formado por Bolívia, Uruguai e Paraguai.
- O clima na Argentina varia muito, indo do sub-tropical no Norte ao sub-polar, no Sul. É possível encontrar florestas tropicais na região de Entre Ríos e geleiras na Terra do Fogo.
- A população da Argentina é de 39,7 milhões de habitantes, menor do que a do estado de São Paulo, com 40 milhões de pessoas.
- Mais da metade da população do país se
concentra na região de Buenos Aires.
As cidades argentinas mais populosas são, pela ordem: Buenos Aires, Córdoba, Rosário, Mendoza, Tucumán, La Plata, Mar del Plata, Salta, Santa Fé e San Juan. - A Argentina foi o terceiro país do continente que mais recebeu imigrantes europeus, atrás apenas dos Estados Unidos e do Canadá. O povo argentino é formado por indígenas e por povos de origem européia como espanhóis e italianos (a maioria).
- A maior parte das quedas d’água das Cataratas do Iguaçu estão no lado argentino, não no brasileiro. Já as maiores, ficam no lado brasileiro.
- O nome da província argentina da
Patagônia vem de “patagones”, que significa
“pés grandes”. Dizem que a confusão foi criada pelo navegador Fernão de Magalhães que apelidou os nativos da região de “patagones”. - A cidade mais ao Sul do planeta (ou cidade mais austral da Terra!!) é Ushuaia, na Terra do Fogo, bem próximo da Antártida.
- O nome Bariloche veio de um erro de ortografia na adaptação de “Vuriloche” (nome original do lugar, dado pelos índios que ali viviam). Em espanhol a letra V é pronunciada como B, e deu no que deu: a localidade ficou conhecida como Bariloche.
- O argentino Juan Manuel Fangio foi o primeiro piloto a ganhar cinco campeonatos mundiais de F1 (em 1951, 1953, 1954, 1955 e 1956). Detalhe: o feito só foi igualado em 2002 pelo alemão Michael Schumacher.
- Cinco prêmios Nobel foram concedidos a argentinos, um de química, dois de medicina e dois da paz.
- Dois filmes argentinos ganharam o Oscar de melhor filme estrangeiro: A História Oficial (1986) e O Segredo dos seus Olhos (2010).
- O maior dinossauro descoberto até hoje se chama argentinousaurs huicunlensis. O bicho media 40 metros de cumprimento e 18 de altura e… adivinha onde foi descoberto!
- A montanha mais alta das Américas é o Aconcágua, com 6.962 metros, próximo da cidade argentina de Mendoza.
- Os argentinos nunca reconheceram Madonna como intérprete de Evita Perón, no filme de 1996 e, na mesma época, fizeram sua própria versão do filme com uma atriz argentina, Esther Goris.
- A universidade mais antiga da América do Sul é a argentina Univesidade Nacional de Córdoba, fundada no ano de 1613.
- Brasileiros não precisam de visto para entrar na Argentina, basta apresentar a carteira de identidade. Como Brasil e Argentina são membros do Mercosul, seus cidadãos não precisam de passaporte para visitar os países do grupo.
- A primeira seleção de futebol que os brasileiros enfrentaram foi à argentina, em 1914. Os argentinos venceram por 3 a 0.
- O tango, um ritmo tipicamente argentino, nasceu em Buenos Aires por volta de 1977. O curioso é que o tango foi criado pelos negros argentinos do bairro de Montserrat. Existem várias hipóteses para explicar a origem da palavra tango. A primeira diz que tango veio de “tambor” e a segunda, que teve como origem “Xangô” – nome de uma entidade de origem africana.
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