segunda-feira, 12 de março de 2012

Carlos Andrés Pérez Rodríguez (1922 - 2010)

   

 
    Photo: Reuters

Político venezuelana (sic) nascido na fazenda de café La Argentina, proximidade da cidade de Rubio, Táchira, que assumiu por duas vezes o controle do país (1974-1979 / 1989-1993) e sobreviveu a duas tentativas de golpe de estado (1992), um deles comandado pelo então general Hugo Chávez. Penúltimo das 12 crianças de uma família de classe média, era filho do descendente de cafeicultores colombianos, Antonio Pérez Lemus, e da descendente de influentes fazendeiros e políticos de Rubio, Julia Rodríguez, e foi educado na escola dominicana María Inmaculada, em Rubio. Depois da morte do pai, vitimado por um ataque cardíaco (1936), sua mãe mudou-se com os filhos para a capital, Caracas (1939), onde ele conseguiu entrar na universidade. Em Caracas, entrou para o renomado Liceo Andrés Bello, onde graduou-se em filosofia (1944) e neste mesmo ano matriculou-se na Escola de Leis da Universidade Central da Venezuela. Ainda estudante universitário, filiou-se à Acción Democrática (AD) do golpista Rómulo Betancourt e tornou-se seu secretário particular quando este tomou o poder (1945) e, assim, nunca concluiu seu curso de Direito. Preso após um novo golpe militar (1948), só voltou ao governo com a queda do ditador Marcos Pérez Jiménez (1958). Nomeado Ministro de Relações Interiores (1958) no governo eleito de Rómulo Betancourt (1959-1964). Tornou-se (1969) secretário-geral da Acción Democrática e elegeu-se pela primeira vez, presidente venezuelano (1973) com uma proposta esquerdista. Nacionalizou a indústria do ferro e a indústria petrolífera e se tornou um dos líderes da então toda poderoda (sic) OPEP, mas também foi marcado internamente por escândalos de corrupção e não conseguiu eleger seu sucessor (1978). Impedido de se candidatar por questões constitucionais, só pode concorrer novamente às eleições presidenciais dois mandatos depois. Eleito (1988), sendo novamente eleito, voltou com ações tipicamente neoliberais que provocaram uma violenta reação popular, conhecida como Caracazo. Os ataques foram causados pela adoção de um pacote econômico para combater a dívida externa do país. Sufocada a rebelião popular às custas de centenas de mortes, as denúncias e escândalos de corrupção prosseguiram, o que resultou em duas tentativas de golpe de estado (1992) e promoveu ao aparecimento do populista Hugo Chávez. No ano seguinte (1993), foi condenado por desviar dinheiro público para fundos secretos, sofreu um processo de impeachment no mesmo ano e foi condenado a uma pena de dois anos e quatro meses de prisão. Estes fatos foram os responsáveis pelo seu impeachment (1993), tornando-se o primeiro e único presidente da história da Venezuela a ser deposto do poder legalmente. Voltou ao cenário político efetivo elegendo-se senador (1990), mas com a chegada de Hugo Chávez ao poder (1999), foi duramente perseguido pelo governo e justiça venezuelanos, o que o levou ao seu auto-exílio entre a República Dominicana e Estados Unidos. Neste período, quando estava em New York (2003), o ex-presidente venezuelano sofreu um ataque cardiovascular que paralisou sua mão, braço e perna direita e afetou sua habilidade mental. Fisicamente prejudicado, o ex-presidente da Venezuela não mais se recuperou e morreu vítima de um ataque cardíaco no Mercy Hospital, em Miami, Estados Unidos, aos 88 anos. Ele foi casado em primeiras núpcias desde os seus 26 anos com sua prima-irmã, Blanca Rodríguez, com quem teve seis filhos: Sonia, Thais, Martha, Carlos Manuel, María de Los Angeles e María Carolina. Ainda casado, por volta dos seus 40 anos de idade, iniciou um romance extramatrimonial com sua secretária Cecilia Matos. Depois de nascimento de duas filhas com sua amante, María Francia e Cecilia Victoria Pérez, divorciou-se de Blanca para se casar com sua antiga amante e secretária Cecilia Matos. De acordo com sua filha, Cecilia Victoria Pérez, seus restos mortais ficariam na cidade estadunidense de Miami, enquanto Hugo Chávez fosse presidente da Venezuela parra então serem levados à sua pátria. A previsão não se comfirmou e o ex-presidente venezuelano foi enterrado nesta quinta-feira no Cemitério do Leste de Caracas, em cerimônia que contou com a presença de centenas de simpatizantes do político, morto em 25 de dezembro do ano anterior. Após ser levado durante mais de duas horas, o corpo foi enterrado diante da presença de parentes, amigos e simpatizantes do ex-líder, que o receberam cantando o hino da Venezuela. O corpo do ex-presidente chegou a Caracas após um litígio de mais de nove meses entre seus parentes nos EUA e na Venezuela quanto ao local onde deveria ser enterrado.



Disponível em: http://www.dec.ufcg.edu.br/biografias/CarAPRod.html Acessado em: 12/03/2012.

 * alguns grifos em itálico, nossos.


Equipe Venezuela/ Gilka Oliveira.


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