terça-feira, 6 de março de 2012

Álvarez Bravo, o “poeta da lente"


A história do mexicano que conseguiu expressar a essência do México através da fotografia.

Álvarez Bravo
Manuel Álvarez Bravo, pioneiro na fotografia artística no México, é considerado como o maior representante da fotografia latino americana do século XX. Sua obra se estende entre o final da década de 1920 e a de 1990.
Nasceu no centro da capital mexicana no dia 4 de fevereiro de 1902. Interrompe seus estudos aos doze anos, devido a morte do seu pai, e começa a trabalhar para ajudar a sustentar a família, em uma fábrica têxtil e posteriormente no escritório do tesoureiro geral.  
Seu avô, pintor, e seu pai, professor, eram fascinados pela fotografia. O descobrimento precoce das possibilidades da câmera lhe fará explorar sozinho todos os procedimentos fotográficos, assim como as técnicas gráficas.
No início aborda o pictorialismo, influenciado pelos seus estudos de pintura na Academia de San Carlos. Logo explora as estéticas modernas, com o descobrimento do cubismo e das possibilidades da abstração. Em 1930 inicia a fotografia documental: Tina Modotti, ao ser deportada do México, permite que Álvarez Bravo trabalhe na revista Mexican Folkways. Assim, trabalha para os pintores muralistas: Diego Rivera, José Clemente Orozco e David Alfaro Siqueiros.
Álvarez Bravo é uma figura emblemática do período posterior a Revolução Mexicana, conhecida pelos mexicanos como Renascimento. Aquele foi um período cuja riqueza se deve a feliz, apesar de nem sempre serena, coexistência de um desejo de modernização e da busca de uma identidade com raízes próprias em que a arqueologia, a história e a etnologia desempenharam um papel importante, de modo paralelo com as artes. Álvarez Bravo incorpora as duas tendências no campo das artes plásticas.
De 1943 a 1959 trabalha realizando fotografias em filme, o que o leva a produzir alguns experimentos pessoais.
Durante sua carreira de fotografo, apresentou mais de 150 exposições individuais e participou de mais de 200 exposições coletivas. Segundo vários críticos, a obra deste “poeta da lente” expressa a essência do México, mas a visão humanista que suas obra refletiam, as referencias estéticas, literárias e musicais que contém, o conferem também uma dimensão universal. Álvares Bravo faleceu no dia 19 de outubro de 2002 aos cem anos.
 



























Se quiser conferir um pouco mais do trabalho de Álvarez Bravo acesse: http://www.manuelalvarezbravo.org/index.html

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